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domingo, 24 de julho de 2016

O que eu quero

O que eu quero é teu sexo
Simples, rápido e direto.
Não quero saber dos seus ex-amantes,
Muto menos da vida que você leva.
O que eu quero é teu sexo.
Amores vem e vão pela calçada.
O mundo é um lugar difícil e sua alma jovem já tá cansada.
Mas ainda quero o teu sexo.
Sem sentimento, mas com seu consentimento, desfrutar do seu prazer.
Te prender na parede, colocar as minhas mãos sobre suas coxas, enquanto mordo sua nuca.
Vou despindo sua alma, enquanto você vai ficando nua.
E continuo querendo o teu sexo.
Nos libertando dos preconceitos, o tempo passa rápido enquanto lambo os seus lindos seios
Agora me perco na ternura do seus lábios avermelhados, suaves como um pêssego,
Acarinho sua bunda, enquanto você puxa os pelos do meu peito.
E desejo cada vez mais querer teu sexo.
Côncavo e convexo, como cantam no rádio de pilha do quarto.
Alfa e ómega, igual ao alfabeto grego.
Somos polos opostos que se conectam através de um único desejo.
O querer do sexo.

A paz que eu não quero seguir

Paz interior
A busca do Séc.XXI
Seja pela entrega do dízimo ao pastor na tarde de um domingo
Ou através de meditação cósmica surrealista zen-budista
Um chá do Santo Daime pra te tirar do mundo real
Aquele baseado hippie enquanto você tenta ser um beatnik
Yoga is a yoga does
Um passaporte pro céu, pra algo maior
É tudo o que você quer.
Se encontrar ao invés de se perder pelo concreto da cidade
Só faz você perder mais tempo.
Ajoelhar-se diante de Cristo
É isso que querem pra você
Ajoelhar-se a rotina cristã da fé e da luta
É isso que desejam a você
Lobotomia ecumênica enquanto você deixa um copo de água diante da televisão
O bispo vai benzer,  seus problemas vão desaparecer e a paz irá florescer.
Que saco, não?
Pra família ser unida, não pode ter um bicha
É isso que pregam loucamente.
Mas a noite, cultuando os deuses pagões,
Se entregam ao álcool e aos prazeres da carne,
Como qualquer ateísta ou agnóstico faria,
Mas sem julgar qualquer princípio de família.
Muito menos te atiram pedras ou cuidam da sua vida.
A grande verdade é que não vale a pena seguir a Bíblia!
Entoar mantras pode ser a solução ou não
Nem estou aqui pra julgar qualquer religião.
Bata um tambor e ascenda uma vela para o seu orixá,
Mas faça isso antes de trepar.
O confronto interno é benéfico,
Questionador e inquieto.
Pra que apagar essa incrível faísca?
Temos o coito, conhecido como sexo, nossa maior fonte de prazer
Id, Ego e superego
Penetração, masturbação, diversão versus oito horas de sono, meditação e boa alimentação
Tudo isso traz paz pro seu cérebro e aquece também seu coração.

sábado, 23 de julho de 2016

A fêmea do Paraná

Seu nome queima igual a um edifício pegando fogo
Brilha no neon dessas noites onde procuro me perder
Olho nos bares, mas sei que não vou encontrar sua face.
Pergunto de você nas bancas de jornais,
Mas por lá você não passou mais.
Escondo meu olhar triste embaixo dos meus óculos escuros.
Me sinto no fio da navalha, em cima do muro.
Vejo que nas ruas do centro só a sangue e sujeira
E nada das suas pegadas por essas calçadas tristes
Repleta de lágrimas
Doce mulher curitibana
Deleitável fêmea do Paraná
Em algum momento daquela noite você fez meu coração vibrar,
Cantar fora da nota, do tom correto.
Um turbilhão de coisas passa pelo meu imbecil cérebro.
Talvez seja essa imensa vontade de te agarrar,
Como um carro fugindo do pedágio na BR-277,
Ou as águas  fortes que banham o Porto de Paranaguá
Eu quero te penetrar.
Talvez te penetraria intensamente
Como um bruto dos tempos das cavernas.
Um Homo sapiens vadio, forte, caçador e cheio de tesão
Mas onde posse te encontrar,  doce fêmea do Paraná?
Será que posso me perder nesses olhos claros mais uma vez?
Devo libertar meu coração para o amor novamente?
Sair do marasmo de uma estressante vida comum e egoísta?
Ou talvez, num instante repleto de volúpia,
Me deixar levar pelo direito de te desejar?
Quero tirar a sua roupa sem pressa alguma, tocar seu corpo sensualmente,
Como minha alma manda e minha mente fantasia.
Com toda a força das minhas mãos
Quero acariciar os bicos claros do seu peito
Ficar contigo no leito, sentindo você se contorcer.
Olhando na profundidade dos seus olhos claros em um quarto repleto de libido.
E podendo alcançar o  meu maior prazer
Te fazendo gritar
Até você gozar, doce fêmea do Paraná

Heavy metal pra caralho

Ficar admirando o pôr do sol como um idiota
Não aquece minha alma.
Muito menos passar dias esperando a conjunção dos planetas
Diante da lua cheia.
Pelo contrário, quando a lua fica muito cheia
Minha noite será tomada pelo azar.
Dias quentes no inverno tem um quê de inferno.
Nos momentos difíceis que passamos na vida,
O dinheiro é o que menos importa.
O que eu quero é um belo par de pernas como cia e alguns cigarros.
Talvez um blues tocando no toca-discos do quarto
Não me faria mal também.
Uma bebida boa para dar uns tragos.
Na vida, há poucas certezas.
Dos mistérios que desvendei na minha caminhada,
Algumas coisas são sagradas.
Dentre elas, posso afirmar sem medo algum:
Mais do que qualquer disco do Iron Maiden,
Ou música do Black Sabbath,
Liberdade, poesia, cerveja gelada e uma boa trepada
São heavy metal pra caralho!