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sábado, 23 de julho de 2016

A fêmea do Paraná

Seu nome queima igual a um edifício pegando fogo
Brilha no neon dessas noites onde procuro me perder
Olho nos bares, mas sei que não vou encontrar sua face.
Pergunto de você nas bancas de jornais,
Mas por lá você não passou mais.
Escondo meu olhar triste embaixo dos meus óculos escuros.
Me sinto no fio da navalha, em cima do muro.
Vejo que nas ruas do centro só a sangue e sujeira
E nada das suas pegadas por essas calçadas tristes
Repleta de lágrimas
Doce mulher curitibana
Deleitável fêmea do Paraná
Em algum momento daquela noite você fez meu coração vibrar,
Cantar fora da nota, do tom correto.
Um turbilhão de coisas passa pelo meu imbecil cérebro.
Talvez seja essa imensa vontade de te agarrar,
Como um carro fugindo do pedágio na BR-277,
Ou as águas  fortes que banham o Porto de Paranaguá
Eu quero te penetrar.
Talvez te penetraria intensamente
Como um bruto dos tempos das cavernas.
Um Homo sapiens vadio, forte, caçador e cheio de tesão
Mas onde posse te encontrar,  doce fêmea do Paraná?
Será que posso me perder nesses olhos claros mais uma vez?
Devo libertar meu coração para o amor novamente?
Sair do marasmo de uma estressante vida comum e egoísta?
Ou talvez, num instante repleto de volúpia,
Me deixar levar pelo direito de te desejar?
Quero tirar a sua roupa sem pressa alguma, tocar seu corpo sensualmente,
Como minha alma manda e minha mente fantasia.
Com toda a força das minhas mãos
Quero acariciar os bicos claros do seu peito
Ficar contigo no leito, sentindo você se contorcer.
Olhando na profundidade dos seus olhos claros em um quarto repleto de libido.
E podendo alcançar o  meu maior prazer
Te fazendo gritar
Até você gozar, doce fêmea do Paraná

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