Noites de tormenta
Uma busca a lugar nenhum
Rostos insones pela madrugada
Talvez eu seja mais um
Das nuvens negras lá no céu
Espero clemência e perdão
Me ajoelhando diante do nada
Por um momento de fé ou razão
Autopiedade nunca foi o meu forte
Mas às vezes sei o trapo que estou
Bebendo em todos os bares
Muito menos sabendo quem sou
Arrumo o meu óculos à la Mastroianni
Coloco um cigarro no canto da boca
Procuro nas avenidas escuras
Esbarro em uma multidão louca
E nos becos dos mendigos
Tento te achar com afinco
Mas nada consigo encontrar
Sei que você não está lá
Mesmo sem fé ou razão
Mesmo não querendo o perdão
Tentando acreditar em Cristo
Até mesmo, quem sabe, no destino
Continuo a te procurar
Mas na minha agenda de telefones
Seu número já não está
E cada dia do mês
Em cada sono profundo
Cada vez mais aflito
Fico tentando sonhar
Com o dia em que vou te encontrar
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