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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A hipócrita dor do amor

Hoje a noite algo parou.
Meu coração disparou.
E nem sei o motivo.
O gosto da sua boca mudou
E em sua língua há espinhos.
Até ontem, baby blue,
 andamos no mesmo caminho.
Mas algo passou em sua cabeça,
Um filme sem cor, uma flor sem cheiro,
o momento onde o amor
se transforma em desespero.


Nossos sentimentos,
nesse momento,
velejam para o Ártico.
Sou obrigado a ficar aqui parado,
com um choro contido,
no meio do nada, 
procurando abrigo.


Mas você será forte,
como toda mulher é,
E enquanto sinto 
meu coração em pedaços,
imerso na pieguice
de um peito enamorado,
Você segue em frente,
diz que é a sua chance de
 recomeço.


Respiro, penso e sinto,
imagino nós dois na cama,
enquanto toco o seu quadril.
Logo depois, você acende 
o último cigarro.
Me olha mais uma vez,
Sopra a fumaça e diz:
 - Tchau, amor.
Abro os olhos.
Vejo que tudo não passou
de um delírio.

É melhor me esconder,
voltar a dormir
e chorar embaixo do cobertor,
enquanto acoberto a maldita
e hipócrita dor do amor.

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