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sábado, 5 de novembro de 2016

Anjo do amor

Eu tô perdido e confuso,
Sozinho num caminho louco,
Não aceita cartão de débito por aqui.
Não sei o que fazer, muito menos sentir,
Queria ser como Van Morrison,
Perfeccionista ao extremo,
Te escrever uma canção,
Ver se o solo de sax tá certo,
Te agarrar, te sentir.
Mas sou um intruso,
Um covarde, que todos os dias,
Todos os dias, queria dar um “olá” pra ti.
Pode parecer bobagem, uma loucura irreal,
Mas, desde que conheci você, te vi,
Tudo que desejo são noites quentes,
Sua cabeleira loira, seu cheiro,
E seu corpo todo, todo pra mim.
Sei que não tô rimando,
Nem tenho inspiração pra tanto,
Mas queria você aqui.
Queria você me afagando a dor,
Fazendo trapézio da minha solidão,
Me amando como sou.
Não sou um infeliz,
Muito menos imbecil,
E, talvez, tô esperando um anjo louro,
Que me traga algum tipo de conforto,
E que, de certa forma, ore por mim
Não vou chorar e sofrer.
Sei que seu caminho é longo,
E eu tô perdido, perdido no meu destino.
Gritando contra a dor, procurando seu amor.
E, do nada,
Você pode surgir aqui pra mim,
Cheia de dúvida e certo rancor,
Com velhos receios,
Quem sabe sem medos,
Pronta para ser, apenas,
Meu eterno anjo do amor.

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