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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Contra os sonhos, o direito a educação e a juventude

FEBEM - Fábrica de Querôs



A diminuição da maioridade penal não resolve o problema. Mas as pessoas que estão se apegando nessa ideia insistem em dizer frases apelativas como: “Se fosse um filho ou um sobrinho seu vítima de um crime cometido por um adolescente  tenho o certeza que você apoiaria!”


Será que essa é a raiz de todo esse dilema ou seria apenas a solução mais fácil?


Sem dúvida alguma é bem mais fácil alterar essa lei, superlotar cadeias, transformar adolescentes infratores em verdadeiros criminosos e ainda pagar quase R$1000,00 para mantê-los em ‘cana’. O povão aprova, bate palma para o governador, deputado, senador ou presidente que é a favor dessa situação, afinal, a educação e a cultura não é importante e nem transformam vidas. A progressão continuada, ah, essa sim, mantém a garotada na escola e mesmo sem aprender coisa alguma, ele será alguém um dia. Realmente, será alguém que não consegue construir seus sonhos, porque a educação, que é seu direito constitucional, foi negada. Não sobrarão opções e ir para o crime é a única saída (ou a única que ele conhece), afinal, os governantes não estão nem aí para a periferia.

Saibam vocês que são a favor da redução da maioridade penal e que aplaudem de pé essa causa, que os verdadeiros assassinos continuarão soltos e ainda irão rir de sua cara, pois cada crime cometido por um adolescente, quem deveria ir preso é cada um dos políticos que negaram ou roubaram grana da educação, cultura e de projetos sociais, porque querendo ou não, foram eles que colocaram a arma na mão desse jovem, afinal, negaram a ele o básico de sua vida.

Então, em vez de gastar energia defendendo a varrição da sujeira para baixo do tapete, apoiem causas nobres, saiam para as ruas e peçam medidas realmente decentes para a juventude desse país. Briguem pela educação, para salários melhores para os professores e deixem dessa ideia de matar as saudades de um tempo ruim que não vale a pena ser lembrando, afinal, você sente falta das velhas FEBEMS dos anos 80, 90? Você não julgava esse tipo de instituição como uma verdadeira escola de criminosos? Então deixe de ser hipócrita e grite, esperneie e se revolte pelo direito de educação, sonhos e trabalho. Fora isso,  é bem melhor se manter calado.

(escrito em abril)

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