Na última semana, Kim Gordon fez dois shows com ingressos esgotados no Sesc Pinheiro. Consegui ter a oportunidade de assistir a última apresentação. Perturbador é a palavra que melhor define Body/Head, seu duo de guitarristas com Bill Nace. Nunca fui fã de Sonic Youth, mas admirava toda atitude de Kim. Ao vê-la pessoalmente na noite do último sábado, essa visão só ampliou. Ela é hipnotizante, com suas botas prateadas, pernas a mostra, guitarra e gaita em punho. É impossível tirar os olhos dela. Há uma selvageria e ao mesmo tempo calma em sua presença no palco. Nem notamos que Kim tem 63 anos e não parece também. Talvez o mais fantástico seja observar o impacto que ela causa nas mulheres da platéia, afinal, Gordon é uma das responsáveis por arrebentar as portas machistas do Rock'n'roll. Após uma hora e pouco de show, tenho que confessar uma coisa: Deusas existem e tive a oportunidade de ver uma delas pessoalmente.
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