Sozinho numa noite sem fim,
Andando por aí em uma rua vazia.
Dormindo em um banco sujo do carro.
Sempre ando de ressaca.
Tô sempre fodido.
Sem ninguém pra me ensinar algo.
Pode ser até sobre amor.
Mas só quero seguir o caminho,
continuar sendo durão.
Um homem sem medo, sem receio de mostrar
as coisas que dominam seu coração.
O orgulho, bem, ele não leva a nada.
E perdedores, mesmo como eu,
são os verdadeiros campeões.
Não se deixam levar por besteira,
muito menos levam a vida a sério.
Tô falando demais, já enchi o saco.
É melhor acender outro cigarro,
exalar fumaça e partir.
Andar sem dar a mínima,
como aquele herói daquele
velho filme de quinta.
Frases prontas não me convencem,
muito menos daqueles que acham
que vencem.
Estou por aí, numa fria esquina.
Sem classe, muito menos rotina.
Só fica na espreita, esperando a chuva passar.
Tomando algum trago, celebrando a vida.
E, por mais negativa que seja,
a única coisa que me importa,
é a adrenalina.
Seja por meio de poesia
ou correndo em um parque,
sentindo o vento na cara,
fugindo de alguma sincera monotonia.
No fim, me divirto.
Sou como aquele cara de um filme antigo,
doido pra brigar, louco pra amar.
E, se agora você me permitir,
vou entrar em outro boteco.
Quero é me divertir.
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