O dia é frio e minha cabeça tá gelada.
Minhas orelhas queimam, será que é você falando mal de mim?
Quando vamos nos encontrar novamente?
“We'll meet again, don't know where, don't know when”,
já diz aquela velha canção da guerra.
Um café, alguma prosa, isso não custa nada.
Alguns cigarros apagados na calçada, um passeio na noite suja dessa cidade
Que não dorme
Nos edifícios pixaram seu nome, eu vi outro dia.
Um novo romance, alguma paixão passageira, uma foda casual.
Só pode ter sido isso.
Até penso em te ligar, quem sabe não tento falar sobre o mistério de um dia de escuridão?
Às vezes minha alma chega a queimar, como um prédio em chamas, uma Roma atual e toda rachada.
Mas ainda há uma dúvida pairando na nuvem do meu cérebro: será que vai acontecer que nem o Johnny Cash canta?
We'll meet again, don't know where, don't know when. But I know we'll meet again some sunny day.
Eu não sei.
Só sei que por enquanto apago toda a luz do meu quarto,
Quem sabe assim não volto a sonhar com aquele teu velho retrato, meio apagado, antigo.
Talvez num desses sonhos eu te vejo de novo, mesmo não sabe onde ou quando, regras básicas do jornalismo.
Mas quem sabe num dia de sol, diferente desse que nós passamos hoje, você não cruze a esquina.
Dai, na janela do meu sobrado, vou assobiar uma música nova, algo que compus na guitarra.
Assim você se inspira e, quem sabe, fica grudada na minha vida.
Mas como tudo é uma questão de encontros, é melhor seguir meu caminho.
Algum acaso pode ocorrer e, finalmente, nos vemos algum dia.
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