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sábado, 25 de junho de 2016

Reflexões na fria tarde de sábado

Um punhado de pensamentos soltos invadem minha cabeça.
Na verdade, acho que só quero que você apareça.
Há uma necessidade muito grande na minha alma em te ver novamente.
Estranho isso, já que nem nos conhecemos bem.
Algo nesses olhos verdes de gato, nariz torto e dentes amarelados pelo cigarro mexeu comigo.
Sinto de longe que sua cabeça é perdida, igual a minha, e acho que é o que me fascina. 
Olho no relógio, vejo que a noite já vem e o frio vai ser forte.
Nenhum sinal seu, nenhuma mensagem ou algum maldito telefonema.
Muitas companhias femininas me chamam pra sair, mas simplesmente não consigo ir em frente.
Já tentei uma, duas vezes, mas fico imaginando o seu corpo e isso é realmente um problema,
Insisti também e é incrível, afinal, detesto isso.
A insistência é uma arma dos fracos e chatos, daqueles que não conseguem o que querem.
Mas nem sempre conseguimos o que queremos, muito menos o que precisamos.
Nesse momento o que eu preciso é de um abraço, um carinho, daqueles do tipo que a águia dá aos seus filhotes no ninho.
E é gozado, sempre fui feliz em ser um solitário convicto, mas agora me sinto tão sozinho.
Sinto um vazio que gela meus ossos e não estou nos meus melhores dias.
Precisava cantar algo no seu ouvido, te dizer bobeiras, falar que a vida pode ser boa.
Fico aqui nesse instante sobre um fio, onde não sei se mantenho a esperança ou desisto.
Minha conta tá no vermelho no banco, mas, se pudesse, pegaria toda a minha grana e traria aquela noite fria de um sábado de outono de volta.
Nunca mais consegui ser o mesmo e olha que eu tento.
Os amigos dizem que estou derrubado, eu olho no espelho e vejo como estou fraco.
Às vezes me sinto até desesperado.
Minha saúde não anda bem e uma porrada de resfriados me derrubou na cama.
Não estou no inferno astral, mas talvez seja um inferno carnal.
Um pagamento de dívidas dos passados, de alguma vez onde fiz tudo errado,
E nesse triste e chato final de tarde de sábado, tudo que eu peço é pra estar do seu lado.
Talvez algum pombo correio sujo te leve esse meu recado, mas agora vou ascender o meu último cigarro.

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